sexta-feira, outubro 28, 2011

Que assim seja!


'Agora não dá mesmo para ser feliz. É impossível. Mas quem disse que a gente deve ser feliz sempre? Isso é bobagem. Como cantou Vinícius: “É melhor viver do que ser feliz”. Porque para viver de verdade a gente tem que quebrar a cara. Tem que tentar e não conseguir. Achar que vai dar e ver que não deu. Querer muito e não alcançar. Ter e perder. Tem que ter coragem de olhar no fundo dos olhos de alguém que a gente ama e dizer uma coisa terrível, mas que tem que ser dita. A vida é incontornável. A gente perde, leva porrada, é passado para trás, cai. Dói, eu sei como dói. Mas passa. Está vendo a felicidade ali na frente? Não, você não está vendo, porque tem uma montanha de dor na frente. Continue andando. Você vai subir, vai sentir frio lá em cima, cansaço. Vai querer desistir, mas não vai desistir, porque você é forte e porque depois do topo a montanha começa a diminuir e o único jeito de deixá-la para trás é continuar andando. Você vai ser feliz. Está vendo essa dor que agora samba no seu peito de salto agulha? Você ainda vai olhá-la no fundo dos olhos e rir da cara dela. Juro que estou falando a verdade. Eu não minto. Vai passar.'
(Caio Fernando Abreu)

quinta-feira, outubro 20, 2011

Leitura da vez:


'[...]Foi nessa semana que Laila se convenceu de uma verdade: de todas as dificuldades que uma pessoa pode enfrentar, a mais sofrida é, sem dúvida, o simples ato de esperar.'
(Pág. 114)

- Esse trecho me chamou a atenção..  Gusti! *-*

domingo, outubro 16, 2011

Então..



'O que há de ser tem muita força, Maria. Arreda a tristeza que seu dia há de chegar.'

(Hoje é dia de Maria)

quarta-feira, outubro 12, 2011

Abro mão da primavera!


Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando

(Pablo Neruda)

sábado, outubro 08, 2011

Desafios

A sensação que eu tenho é que as pessoas me veem como uma menina que tem uma vida fácil, tranquila, sem sofrimentos, paparicada pelos pais e que tem tudo o que quer.De uma certa forma pode até ser verdade, tenho pais maravilhosos e uma vida boa, não posso reclamar, mas mal sabem elas que já tive bastante coisa vivida, apesar da minha idade.Já tive perda de pessoas, perda de força, perda de sossego, perda de sorriso!Não tenho tudo que quero (ainda bem) e não tenho uma vida tão fácil assim.
Comecei a conhecer o sofrimento quando minha bisavó faleceu, pelo menos foi um momento que marcou muito pra mim.Tinha 8 anos, se não errei na conta, e ela era uma pessoa incrível.Sinto uma falta terrivelmente grande dessa veia, mais conhecida como Oinha, que era de uma alegria linda.. e foi daí que comecei a ver a vida como ela realmente é, que não era só brincadeira.
Na minha família tive muuuitos momentos complicados, como toda família.Teve minha tia Selma que adoeceu e faleceu, inclusive era a minha madrinha comilona com as pernas mais lindas que já vi.Teve primo metido com 'parada errada'.Tive irmão que foi embora de casa pra estudar e que me fez muita falta.Enfim.. é muita coisa!
Quando fui estudar no Thieres na 4° série, foi um momento que sinceramente não sinto nenhuma falta!Chorava todo dia quando papai ia me levar, e chorava enquanto estava lá.É um colégio que fica na zona rural, porém tirei coisas boas de lá.
Nossa mudança pra Friburgo não foi fácil também.. não conhecíamos ninguém e por isso fiquei ainda mais próxima do meu irmão.Tivemos que economizar bastante, e o colégio também não me agradava, mas depois até que me adaptei melhor.No ano seguinte mudei de colégio e me apaixonei pelo Canadá! *-* Encontrei amigos que estão comigo até hoje e professores muito bons.
Ahhhhh, comecei a namorar à distância.. putz, logo EU!A menininha que se escondia pra não ter que se despedir!E ainda vivo com esse amor.. como é difícil!Se fosse só a distância, que já é complicada, mas a distância sempre está acompanhada..
Passei no vestibular para Serviço Social, na UFF em Rio das Ostras.Me lembro como se fosse hoje, eu arrumando minha mala pra ir embora de casa chorando, não sei explicar direito, mas desde ali eu senti que algo estava estranho.Nunca me senti tão sozinha, com tanto medo, com tanto pânico, como me senti lá!Penso que me julgaram como uma mimadinha que voltou para as asas dos pais ou como uma louca que saiu de uma Federal, isso porque não sentiram o que eu senti e não tiveram a criação que tive, nunca tinha ficado tão sozinha!Sem contar que nem o curso me agradou.. então eu sempre me perguntava: O que estou fazendo aqui?E de que adianta estar numa Federal mas totalmente infeliz?Minha felicidade é mais importante!Eu não podia ficar chorando e agindo como aquela menininha da 4° série, então tentei ser o mais forte possível, e olha, foi um mega desafio pra mim!
Nossa, nunca pensei que fosse sentir tanta falta da minha casa, dos meus pais (família) e de FRIBURGO!Sério, eu odiava esse lugar, mas depois disso..
Atualmente também passo por uma (s) situação nada tranquila!Como sou muito próxima da minha mãe, e trocamos mágoas e desabafos, também acho que tenho que passar força pra ela.Nós sabemos o que passamos!
Será que com o pouco que escrevi aqui dá pra demonstrar que eu já 'penei'?Bom, o mais importante é que com tudo que passei eu amadureci demais, criei forças, comecei a dar mais valor ao que me faz bem, ao que me faz FELIZ.Comecei a ver a vida de forma diferente, comecei a querer ser mais quem eu realmente sou e a gostar de mim assim.Tudo valeu, e graças a Deus me mantive firme.E que eu continue nesse caminho..